DOENÇAS CARDIOVASCULARES – principal causa de doença, de morte e de incapacidade

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Em cada ano, mais de 17 milhões de vidas são ceifadas em todo o mundo pelas doenças cardiovasculares, e em Portugal são responsáveis por 40 por cento dos óbitos.

 

UM MUNDO, UM LAR, UM CORAÇÃO. Este ano para comemorar o Dia Mundial do Coração (26 de Setembro) a Fundação Portuguesa de Cardiologia desafia os portugueses a tomar conta da saúde do coração da sua família e a tomarem-se em casa, defensores de hábitos de vida mais saudáveis para o coração, avança a fundação em comunicado de imprensa. Isto porque mais de 70 por cento de todas as emergências cardíacas e respiratórias ocorrem em casa, quando pelo menos um membro da família está presente e disponível para ajudar a vítima.

A mesma fonte revela que em cada ano, mais de 17 milhões de vida são ceifadas em todo o mundo pelas doenças cardiovasculares, e em Portugal são responsáveis por 40 por cento dos óbitos, apesar dos enomes progressos diagnósticos e terapêuticos d as últimas décadas.

Segundo um relatório divulgado, recentemente, pela Organização Mundial da Saúde, mais de oito em cada dez mortes em Portugal ocorrem por doenças não transmissíveis, ou seja, com as doenças cardiovasculares a liderarem a tabela. E para reduzir estes números, basta adoptar estilos de vida mais saudáveise diminuir os principais factores de risco, como o tabagismo, o abuso do álcool, alimentos ricos em gordura e a falta de exercício fisico, que provocam um aumento da tensão arterial, do colesterol e dos níveis de glucose, originando o desenvolvimento destas doenças. Apesar de os valores da tensão arterial sistólica e do colesterol total estarem a baixar na população portuguesa, ainda não tem sido suficiente, pois em 2008, mais de metade (50,4%) dos homens e 45,7 % das mulheres continuavam a ter tensão arterial acima dos níveis indicados.

Mas se os valores da colestrolémia e da tensão arterial andam mais controlados, o excesso de peso tem vindo a agravar-se e, em 2008, 61,8 por cento dos homens e 56,6 por cento das mulheres tinham peso a mais.

 

 

Controlo de factores de risco melhorou


Manuel Carrageta, cardiologista e presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, diz que “conforme um estudo do Banco Mundial de Saúde prevê que, pelo menos até ao ano 2030 a patologia cardiovascular continue a ser a principal causa de doença, de morte e de incapacidade a nível mundial”.


Segundo o mesmo responsável, “é com frustração que reconhecemos que o controlo dos factores de risco tem melhorado pouco nos últimos anos, o que se deve em grande medida ao facto das mensagens preventivas, cada vez com maior evidência científica, não motivarem suficientemente a maior parte da população”, diz e acrescenta: “o facto dos factores de risco serem essencialmente silenciosos explica de algum modo a sua falta de visibilidade e o seu esquecimento pelos doentes e pelas famílias. Por isso tornam-se necessárias campanhas mais agressivas e melhor dirigi- das. É imperioso aumentar os níveis de diagnóstico e de controlo. A educação escolar deve dar maior relevo ao ensino de estilos de vida saudáveis e a problemas como o colesterol elevado, a obesidade, a diabetes e a hipertensão, que no nosso país, pela grande frequência das complicações que originam, tem uma enorme importância no sofrimento e redução da esperança de vida da população”.

ADOPTE UM ESTILO DE VIDA MAIS SAUDÁVEL…

– Deixe de fumar;

-Controle regularmente a sua pressão arterial, o seu nível de açúcar e gorduras no sangue;

-Pratique exercício físico moderado com regularidade;

– A partir de uma determinada idade (50 anos para as mulheres e 40 anos para os homens) é aconselhável a realização de exames periódicos de saúde;

– A prevenção deve começar mais cedo para os indivíduos com história familiar de doença cardiovascular precoce ou morte súbita.

-Tenha uma alimentação saudável, privilegiando o consumo de legumes, fruta e cereais.

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