O que causa a enxaqueca? O que fazer? Como prevenir?

ENXAQUECA AFECTA PERTO DE UM MILHÃO DE PESSOAS EM PORTUGAL

Sensibilizar para a PREVENIR.


A enxaqueca é uma causa comum de incapacidade e, só em Portugal, estima-se que afecte perto de um milhão de pessoas, sobretudo mulheres.

Quando atinge níveis extremos, a enxaqueca pode afectar a vida familiar, social e profissional, privando quem sofre desta doença de viver a vida em pleno. Consciente dessa realidade, a AstraZeneca criou um site especializado, que disponibiliza informação privilegiada aos doentes e familiares, e promete trazer uma nova perspectiva a todos que conhecem estas dores de cabeça incapacitantes.
Apesar de existirem vários sub- tipos de enxaqueca, importa descrever os dois principais: enxaqueca sem aura — a enxaqueca “comum”, talvez mais passível de ser confundida com uma dor de cabeça dita “normal”, causada habitualmente pelo cansaço, stress e a enxaqueca com aura — a versão “clássica”, com todos os traços e sintomas que popularmente atribuímos à enxaqueca. Contudo, é o tipo menos frequente de enxaqueca. Na verdade, só costuma ocorrer em cerca de 15% dos casos.
A aura é um sinal de alerta fisiológico, que antecede uma crise de enxaqueca. Manifesta-se geralmente sob a forma de perturbações frequentemente passageiras — da visão (pontos luminosos, zigue-zagues, imagens turvas e até, em alguns casos, perda parcial da visão de um dos lados do campo de visão), mas também podem ocorrer sob a forma, por exemplo, de formigueiros ou dormência numa das mãos ou num lado da face.

 

Causas


Ainda não se sabe, exactamente, quais são as causas da enxaqueca. Sabe-se que se deve a pequenas alterações neurológicas e, provavelmente, a factores genéticos. As pessoas com enxaquecas podem “herdar” uma maior susceptibilidade a determinados “gatilhos” que precipitam as suas crises. A fadiga, a luz forte ou pulsante e até as mudanças de tempo são alguns dos factores que as podem espoletar.

Durante anos, pensou-se que as enxaquecas estavam relacionadas com alterações da pressão nos vasos sanguíneos que irrigam a superfície do cérebro. Hoje acredita-se que, na verdade, a causa será neurovascular, e que se deverá, de forma muito sumária, a certas irregularidades genéticas em determinadas áreas do cérebro: segundo esta teoria, uma enxaqueca começa quando algumas células hiperactivas comunicam com os vasos sanguíneos, dando “ordens” para que se contraiam e dilatem. Este processo é seguido pela libertação natural de certas hormonas e substâncias inflamatórias, que fazem com que esta “pulsação” (da contracção e dilatação dos vasos) se torne dolorosa e interfira com o normal processamento do cérebro.

 


O que é que pode precipitar uma crise?

 


Muitas enxaquecas parecem ser espoletadas por factores externos. Estes “gatilhos” são muito variados e não têm o mesmo efeito em toda a gente. Por isso é que é importante perceber quais as situações ou factores por trás de cada crise.

Um dos factores precipitadores mais comuns é o stress emocional. Nestas situações o cérebro liberta substâncias que, ao actuar, estimulam os vasos sanguíneos, podendo, portanto, provocar uma crise. A ansiedade, a preocupação, a excitação e a fadiga podem aumentar a tensão muscular e intensificar a enxaqueca. Por seu lado, o consumo excessivo e regular de cafeína pode traduzir-se em “ressacas” sempre que se verifique uma descida dos seus níveis no nosso organismo.
Aparentemente, os vasos sanguineos ‘podem tornar-se


sensíveis à presença deste estimulante natural, pelo que, quando não bebemos o nosso café (ou qualquer outro alimento com cafeína), pode ocorrer uma dor de cabeça. Por esta razão, a cafeína pode ser útil para ajudar algumas pessoas a aliviar crises agudas de enxaqueca.
Curiosamente, as mudanças atmosféricas também podem traduzir-se em dores de cabeça derivadas da enxaqueca. O aproximar de uma trovoada, alterações na pressão atmosférica, ventos fortes e mudanças de altitude têm este efeito em algumas pessoas. Saiba ainda que as crises de enxaqueca costumam surgir ou tornar-se mais frequentes a partir da entrada na adolescência, mantendo-se até aos 40 anos. No entanto, podem surgir muito mais cedo, ainda durante a infância ou a partir da primeira menstruação.

As crianças podem, realmente, sofrer de enxaqueca. Os sintomas são ligeiramente diferentes, mas, dada a idade, podem ser difíceis de identificar. Convém, portanto, estar atento, principalmente em crianças que não são ainda capazes de descrever o que sentem. Esteja alerta para sinais de fonofobia ou fotofobia, choro, “birras”, vómitos e olheiras, principalmente se provocados por alterações dos padrões de sono ou de alimentação. Felizmente, o tratamento
costuma ser muito mais simples e, na maioria dos casos, tudo o que basta é uma grande sesta ou uma boa noite de sono.


										

3 Comentários

  1. jose antonio Setembro 1, 2011
  2. Lucas henrique Abril 4, 2018

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