UMA ESTRATÉGIA E UM MÉTODO

Todas as áreas científicas afirmam a dificuldade especial e específica do seu objecto de estudo. Ou porque este é excepcionalmente pequeno (no caso das partículas da matéria, dos vírus, das bactérias ), ou por ser muito grande (caso do Universo ) , ou por serem acontecimentos passados que é impossível replicar no laboratório (como é o objecto da História ), ou porque são acontecimentos do futuro, dependentes, ainda, das opções do amanhã (como é o caso do objecto de estudo da Prospectiva), ou porque o isolamento dos fenómenos é dificil e levanta problemas éticos complicados ( por exemplo nos estudos da Sociologia ), ou porque os fenomenos estão muito isolados e são dificilmente alcançados (caso do estudo de alguns micro sistemas biológicos).

 

E os exemplos são tantos que podiam ser repetidos até á exaustão, pois nas fronteiras do conhecimento. quando o desconhecido que se segue atrai e atormenta o investigador, todos os passos são dificeis, mas a curiosidade acaba sempre por “devorar” algum incauto.

No caso do nosso objecto de estudo, o movimento humano, no âmbito do desporto, temos, certamente, um dos mais espinhosos problemas a resolver.., claro!

É que:

1 – a dominância de um passado empírico,

2- a importância social deste fenómeno nos dias de hoje,

3- os valores e interesses em jogo,

4- os problemas éticos e deontologicos que o desporto põe,

5- a desactualizaçao e a antiguidade das estruturas em que se apoia,

6- a generalizaçao abusiva do conceito de amador ( muitas vezes pago principescamente ) a maioria dos quadros,

7- a exploração desregrada de que é alvo,

8- os aproveitamentos a que está sujeito. etc.. etc.. etc., transfonnam o estudo do desporto em profissão de alto risco.

 

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